ITTC lança ‘Política de Drogas é Uma Questão de Mulheres: O Jogo’

No próximo dia 19 de agosto, o Projeto Gênero e Drogas lança o jogo Política de drogas é uma questão de mulheres. O evento de lançamento acontecerá online, às 17h30, nas páginas do Facebook e Youtube do instituto.

Política de drogas é uma questão de mulheres conta com cinco histórias sobre mulheres com vidas muito diferentes. As(os) jogadoras(es) incorporam uma personagem por vez e coletivamente realizam escolhas sobre quais caminhos ela deve tomar. No intuito de instigar a reflexão, o debate e o compartilhamento de conhecimentos, cada história tem entre quatro e sete desfechos diferentes.

O material é fruto de um processo que se desenvolve desde 2018, com o lançamento do infográfico Política de drogas no Brasil: quais são os serviços públicos disponíveis?, que mapeou as legislações e políticas públicas voltadas para questões de gênero, drogas e justiça criminal nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Posteriormente, foram realizadas rodas de conversa com profissionais dos serviços da política pública nas três cidades.

A partir desse acúmulo de diálogos e informações, o jogo foi criado com o objetivo de ser um material lúdico e dinâmico para fomentar espaços de reflexão e servir de instrumento na formação e sensibilização de profissionais e gestores de políticas públicas, de organizações da sociedade civil e de pessoas que desejam se aprofundar nos diferentes temas que se interligam com a política de drogas.

Ao final de cada partida, algumas questões ficam no ar para discussão do grupo: Quais escolhas dentro do jogo poderiam levar a uma conclusão diferente? Qual foi o papel dos atores institucionais? Qual o impacto da atual política de drogas na história da mulher? Como as questões de gênero atravessaram a vida da personagem? O quanto de nossas escolhas são realmente individuais?

Confira aqui o release em PDF.

As histórias do jogo

Teresa tem três filhos e trabalha como cuidadora de crianças na favela onde mora. É uma boa forma de sustento, porque sua capacidade física diminuiu muito desde o surgimento de uma trombose nas pernas. A rotina é bruscamente alterada quando Teresa presencia a morte do filho Pedro, de 14 anos, em meio a uma invasão policial na comunidade. Como continuar a vida depois dessa tragédia?

 

Maria vive em uma pequena casa com cinco irmãos mais novos e a mãe, que trabalha como diarista. O dia a dia de privações é difícil, pois até a comida é contada. A menina vai à escola quando tem aula, mas as aulas não têm nenhum apelo. O momento preferido de Maria é quando encontra os amigos na rua para se divertir e, às vezes, fumar um beck ou usar lança.

 

Vitória é uma jovem de 21 anos, estudante de moda, que sonha em ser estilista. Os pais sempre lhe proporcionaram uma vida confortável, mas a situação muda drasticamente quando ela se assume como uma mulher trans e inicia o processo de transição. Sem apoio familiar, Vitória precisa encontrar novas fontes de apoio emocional e financeiro.

 

Julia tem 13 anos e recentemente acompanhou a separação dos pais, depois de um longo período de brigas. A mãe ficou bastante abalada com o divórcio e passou a fazer uso de medicações para se sentir melhor. O pai, engenheiro civil, trabalha muito e gosta de beber nas horas vagas, o que deixa a filha apreensiva quando vai visitá-lo, pois nesses momentos ele se torna agressivo e a olha de um jeito desconfortável.

 

Fanny vivia com os pais e o filho pequeno em Lima, capital do Peru, e estudava para ser bióloga. Quando o pai foi demitido, teve que deixar os estudos para ajudar financeiramente em casa. Um amigo da família ofereceu uma oportunidade estranha para levar uma mala para o Brasil em troca de uma boa quantia de dinheiro. A jovem acaba aceitando a oferta e, em poucos dias, se vê sozinha numa prisão há milhares de quilômetros de tudo que lhe é familiar.

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ago 10, 2020 | Destaques | 0 Comentários

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