ITTC inaugura banco de dados!

O ITTC construiu, ao longo dos seus anos de atuação, um grande acervo de informações e dados sobre mulheres estrangeiras em conflito com a lei, que hoje se materializa em um banco capaz de produzir dados e informações seguras sobre essa população, historicamente invisibilizada.

A construção e utilização de bancos de dados por órgãos governamentais, empresas privadas e organizações do terceiro setor tem sido uma prática cada vez mais difundida nos últimos anos. Um banco de dados é uma importante ferramenta de trabalho não só por sua capacidade de armazenar informações de forma sistemática, mas também por ser um importante suporte nos processos de tomadas de decisão, pois permite um olhar objetivo para as informações coletadas.

Pensando que as informações coletadas pelo projeto Estrangeiras foram realizadas ao longo da atuação histórica da equipe junto a mulheres estrangeiras em privação de liberdade, com processos majoritariamente referentes à justiça federal, esse banco de dados permite não só olhar objetiva e coletivamente para as trajetórias das mulheres que passaram pelo projeto, mas identificar padrões e alterações nos seus perfis e na maneira como a justiça criminal vem lidando com seus casos.

A rara particularidade do banco de dados do ITTC, no que diz respeito ao tempo de observação das mulheres estrangeiras, se soma, ainda, ao atendimento prestado às mulheres pela equipe. Os atendimentos buscam, mais do que padrões e a coletivização de ocorrências, priorizar as suas necessidades, particularidades e histórias de vida.  A união da possibilidade de diagnosticar padrões e ocorrências reiteradas, no banco, com o atendimento particular e atento da equipe, possibilita que a própria experiência das mulheres sejam a base de um acervo de informações (internas e sigilosas) relevantes tanto para a atuação do ITTC – no intuito de conquistar e garantir os direitos das mulheres atendidas – quanto para a construção de políticas públicas coerentes com suas necessidades, que tenham sempre em vista os princípios dos direitos humanos, da igualdade e da dignidade humana.

 

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fev 28, 2018 | Noticias, Projetos | 0 Comentários

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