A primeira intervenção do ITTC junto à população se deu com a participação dos seus integrantes no “Grupo Cidadania Nos Presídios”, formado em abril de 1997, para atuar nos presídios femininos de São Paulo, em conjunto com representantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e da Assembléia Legislativa deste Estado.
Os trabalhos desse Grupo envolveram profissionais de diversas áreas (Direito, Medicina, Serviço Social, Pastoral Carcerária e do Menor), além de estudantes universitários, que colaboraram com a formulação e realização de pesquisa, não só das presas como também das funcionárias da Penitenciária Feminina do Tatuapé. Os resultados foram tão positivos que os trabalhos foram extendidos à Penitenciária Feminina do Tremenbé, no interior de São Paulo.
Essa pesquisa confirmou a falência do sistema carcerário e o desconhecimento por parte das presas (e até das funcionárias) de direitos constitucionais básicos (ex.: direito à amamentação), e que o sofrimento delas ia além das suas penas, diante do descaso das autoridades na garantia do mínimo de dignidade, durante o cumprimento das sanções privativas de liberdade.