Nota ITTC: Artigo intitulado “A ilusão bélica”, de Marcelo Freixo e Ignacio Cano, faz crítica à dicotomia entre direitos humanos e segurança pública

Discussões políticas recentes colocaram em pauta as consequências da cultura de “guerra às drogas e à criminalidade” no Brasil, que alimenta a visão dicotômica de que os movimentos de direitos humanos defendem criminosos e a força policial defende os “cidadãos de bem”. O tema foi abordado pelo deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, e pelo professor da Uerj Ignacio Cano no artigo “A ilusão bélica” publicado no jornal O Globo.

Ele, além de abordar a questão dos “militantes dos direitos humanos versus policiais” (que acabam sendo os representantes da força do Estado nas ruas), mostra que, diferentemente do que se fala, os direitos humanos abrangem todas as pessoas, inclusive promovendo direitos de policiais, que são passíveis de abusos, como trabalhar em “horários desumanos” e serem submetidos a “regulamentos disciplinares autoritários e inconstitucionais”.

Confira abaixo o começo do artigo e continue lendo no site d’O Globo:

A ilusão bélica

Os assassinatos de suspeitos de cometerem delitos provocam ciclos de vingança que acabam vitimando também muitos policiais

Para amplos setores da sociedade brasileira, a insegurança pública que o país enfrenta é percebida como uma guerra entre os cidadãos de bem e os delinquentes, ou entre o Estado e grupos criminosos. Essa visão bélica alimenta a ilusão de que o problema poderia ser resolvido se o Estado atuasse com mais violência ou maior poder de fogo, e tende a justificar atuações ilegais por parte dos agentes da lei. Clique aqui para continuar lendo.

Leia também: Letalidade policial, superpopulação carcerária e tortura são apontados em relatório da Human Rights Watch, por Ricardo Campello, colaborador do ITTC.

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mar 20, 2015 | Sem categoria | 0 Comentários

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