As mulheres que transportam drogas, muitas vezes de um país para outro, são conhecidas como “mulas do tráfico”. Apesar de muitas estarem em situação de vulnerabilidade, elas são presas e condenadas como traficantes e acabam em um limbo jurídico e social que desconsidera suas trajetórias pessoais, ignorando que muitas foram vítimas do tráfico de pessoas. As peculiaridades do encarceramento feminino, e sua relação com o tráfico de drogas e o tráfico humano, é um dos temas mais debatidos no ITTC – Instituto Terra, Trabalho e Cidadania.
Luísa Luz, advogada, alega que é necessário abordar a diferença entre as distintas figuras que fazem parte dessas organizações criminosas, pois as pessoas que ocupam posições de alto comando, e que possuem grande lucro, são muito diferentes de pessoas que trabalham como ‘aviões’ ou como ‘mulas’ do tráfico. O vídeo foi realizado durante um debate no ITTC, que se dividiu em duas partes: uma breve apresentação do parecer feito por uma especialista no tema, e um momento de debate aberto para identificar possíveis estratégias que viabilizem na legislação brasileira um tratamento mais humanizado para a pessoa qualificada como ‘mula’ do tráfico de drogas.
Compareceram representantes da Defensoria Pública de São Paulo, Defensoria Pública da União, Pastoral Carcerária – CNBB, Cáritas Arquidiocesana de São Paulo, Missão Paz, CRB Nacional – Conferência Dos Religiosos Do Brasil, Elas por Elas – Vozes e Ações das Mulheres, MCTP – Movimento contra o Tráfico de Pessoas, CLADEM Brasil, Casa de Acolhida das Mulheres de São Paulo, Advogados e Jornalistas.
Durante a semana iremos divulgar pequenos vídeos, com as opiniões dessas instituições a respeito do tema.
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