Aconteceu durante os dias 4 a 6 de abril o X Congresso Gife. O evento, com programação fechada e aberta que se estendiam ao longo dos dias, abordou em diferentes nuances os temas: Brasil, democracia e desenvolvimento sustentável.
A sessão de abertura contou com uma mesa questionando “Qual Brasil queremos? Olhares para além do agora” composta por Luiza Trajano (presidente do conselho do Magazine Luiza), Joaquim Falcão (professor de direito da FGV), Eduardo Giannetti (economista), André Baniwa (representante da organização indígena da Bacia do Içana) e Djamila Ribeiro (filósofa e militante do movimento negro) e mediação da antropóloga e co-fundadora do jornal Nexo, Paula Miraglia. A fala de abertura, no entanto, teve como mote a integração nacional visando o fortalecimento da democracia, e foi realizada por Neca Setubal, presidente do conselho do GIFE.
O ponto principal do congresso esse ano, foi a inserção de temas essenciais na agenda social como ponto de partida para possíveis relações com o Investimento Social Privado. Gênero, raça, diversidade e sustentabilidade foram pautas que apareceram massivamente como tema de mesas abertas e fechadas do congresso, e também no discurso dos palestrantes em outras mesas temáticas durante todos os dias.
Migração e Refúgio
Uma das mesas “O que o Investimento Social Privado pode fazer por…” discutiu a questão das migrações e refugiados no Brasil. A mesa foi composta por Ofelia Ferreira, coordenadora do Programa Latino-americano de Migração da Fundación Avina, padre Paolo Parise, coordenador da Missão Paz, Cleyton Abreu, que coordena um centro do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados no Brasil e Camila Asano, coordenadora de programas da Conectas Direitos Humanos.
Os debatedores trouxeram temas relacionados à Nova Lei de Migração, suas vantagens e diferenças da antiga legislação. Outro tema abordado foi a questão da Venezuela e como sua crise político-social está criando um fluxo de migrantes. Camila Asano, da Conectas, argumentou que atualmente vivemos o pior momento desde a 2a Guerra Mundial “quando cerca de 65 milhões pessoas no mundo são obrigadas a deixar seus lares, a vivenciar um deslocamento forçado”.
Os palestrantes argumentaram da importância do ISP começar a olhar para o tema, fortalecer os mantenedores que já possuem e incentivar novos pois a migração, como dito na mesa, é um direito humano.
Você pode conferir esta e outras mesas em breve no canal do youtube do GIFE.
Foto: Ana Navarrete | ITTC.